Os Natais que nos contam
O Natal é sem dúvida um tempo forte, um marco que, apesar da correria, nos convida a parar e nos pode ajudar a pensar nos outros, desafiando-nos também a descobrir mais sobre nós próprios. Um tempo para “medir”, recordando o que vivemos e como chegámos aqui, para trazer à memória as várias etapas da nossa vida… os verões que nos viram crescer, os amigos que fizeram a diferença ou a surpresa dos primeiros Natais… o que experimentámos, o que já não nos faz sentido e o que queremos recuperar.
Este é um tempo favorável para escolher, parar e avançar… olhando com atenção e ternura o que já foi, o que vai sendo e o que virá. Um tempo para nos desafiarmos e nos atrevermos a fazer as listas certas… quantos sonhos larguei, quantos guardei, quantos amigos deixei de ver, quantos continuam no meu caminho, para onde quero ir, o que quero arriscar…
Para prepararmos o Natal é-nos dado viver o tempo do Advento, que significa literalmente “esperar”. Um tempo de preparação, um convite a estar atento, a estar presente. A olhar tudo como se fosse a primeira vez, a voltar a agradecer o dom dos pequenos gestos e a investir na esperança. Preparar-me para o Natal que vai chegar, é pensar as minhas escolhas, o que gostaria de viver, de acolher, de proporcionar. É ser presença de Deus para os outros, num tempo em que o verdadeiro sentido do Natal tantas vezes se perde. É ser escuta, abraço e gesto. É preparar os passos que me conduzem ao presépio. A Deus connosco.
O Natal está a chegar, que Natal quero contar?
