Em  28 de junho de 1999, foi reconhecido como venerável pelo Papa João Paulo II.

Nasceu em Madrid, a 15 de Setembro de 1810, no seio de uma família com profundas raízes cristãs, vasta cultura e grande patriotismo.

Esta herança familiar, unida ao talento e bondade natural, fizeram de Jerónimo Usera um homem de rica personalidade e de virtudes sólidas, um espírito inquieto e amigo de saber, cheio de amor a Deus e de audácia e generosidade em favor dos necessitados.

Muito jovem ainda, entra na Ordem de Cister, mas, expulso do Convento com os seus confrades em 1835, devido a uma reviravolta política, decide viver como monge enclaustrado.

A tradição familiar e os seus estudos realizados dentro da Ordem abrem-lhe as portas da Universidade de Madrid, onde lecionou como professor de teologia, sagrada escritura, hebraico e grego.

A sua experiência humana e apostólica como pregador e professor, enriqueceu e completou-se no campo missionário.

O Padre Usera teve o Carisma pessoal de conseguir mobilizar e organizar grupos de apoio ao seu grande projeto: restaurar solidamente a vida cristã da sociedade e abrir aos povos um caminho de progresso e de felicidade. Os destinatários, por excelência, das suas Obras foram as crianças, a mulher, os camponeses e a raça negra. Pela dedicação de uma vida a estas causas é considerado por todos como o pai dos pobres e defensor dos escravos.

As Ilhas do Golfo da Guiné, as Antilhas e Espanha foram as depositárias, em vida, dos dons desta atividade por amor, de entrega ativa e rica.

A Obra fundamental do Padre Usera é a Congregação das Irmãs do Amor de Deus, com uma longa trajetória educativa, desde que o Fundador lançou a primeira semente em Toro (Espanha) no ano de 1864.

Jerónimo Usera morre em Havana – Cuba – pobre de bens materiais, mas cheio de méritos, a 17 de Maio de 1891. O seu lema “Dizer a verdade e fazer o bem” em serviço de Deus e dos homens, foi a razão das suas palavras, da sua pobreza, dos seus riscos e da obediência e submissão à Igreja.